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Como os músculos estabilizadores agem na dança

Diferente dos músculos grandes que geram movimento (como quadríceps ou bíceps), os estabilizadores são menores e mais profundos. Sua função é garantir que cada articulação envolvida no movimento fique firme e segura, especialmente durante transições ou movimentos de impacto.

Imagine subir na meia-ponta para um arabesque: os músculos estabilizadores da coluna e do core mantêm seu eixo firme, enquanto os músculos das pernas e pés executam o movimento. Sem essa estabilidade, o risco de perder o equilíbrio — ou até se machucar — aumenta muito.

Cintura escapular (ombros e parte superior das costas)

  • Manguito rotador: grupo de quatro músculos que mantém a articulação do ombro firme, permitindo que os braços se movimentem com leveza, fluidez e controle — essenciais para um port de bras harmônico.
  • Trapézio médio e inferior: auxiliam na depressão e estabilização das escápulas, mantendo os ombros baixos e o peito aberto, algo crucial para a elegância da postura na dança.
  • Romboides: aproximam as escápulas da coluna, colaborando para um tronco ereto e alinhado.

Core (centro do corpo)

  • Transverso do abdômen: o mais profundo dos abdominais, atua como uma cinta natural que estabiliza o tronco durante qualquer movimento — de giros a saltos.
  • Multífidos: localizados ao longo da coluna, oferecem suporte vertebral e ajudam a manter a postura durante movimentos exigentes.
  • Oblíquos: controlam rotações e inclinações do tronco — pense em um cambré lateral ou em uma pirouette precisa.
  • Assoalho pélvico: oferece sustentação à pelve e à lombar. Um core forte inclui essa musculatura, essencial para manter a integridade dos movimentos.
  • Eretores da coluna: ajudam a manter a verticalidade e sustentação da cabeça aos quadris.

Membros inferiores

  • Glúteo médio e mínimo: estabilizam a pelve, principalmente durante apoios unilaterais (como arabesques ou retirés).
  • Músculos intrínsecos do pé: pequenos músculos responsáveis pela sustentação do arco plantar e estabilidade nos apoios (como na ponta ou meia-ponta).
  • Isquiotibiais e quadríceps: também atuam na estabilização de joelhos e quadris, principalmente durante flexões e extensões do plié.
  • Previne lesões: músculos estabilizadores fracos resultam em sobrecarga nas articulações. Com o tempo, isso pode levar a dores ou até lesões sérias.
  • Melhora a técnica: um centro forte oferece mais controle nos giros, saltos e apoios.
  • Aumenta a liberdade no movimento: quando o corpo está estável, você se sente mais confiante para explorar o espaço, improvisar e interpretar.

A arte de dançar não está apenas na expressão, mas também na base que sustenta cada movimento. Os músculos estabilizadores são como pilares invisíveis: discretos, mas indispensáveis. Ao cuidar dessa musculatura com consciência, você dança com mais saúde, mais técnica e — principalmente — mais liberdade.

Sônia Araújo - CEO La Belle Danse

Writer & Blogger

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